Oi gente! Ai, dia das crianças é só alegria! Aqui no Japão o dia das crianças é comemorado em outra época do ano, tem o dia da menina e o dia do menino, mas esse assunto fica pra um outro post, quem sabe. O bom disso é que eu por ser brasileira, posso comemorar o dia das crianças duas vezes!!! YEAH! Sim, porque mesmo com 25 anos, eu me reservo o direito de cultivar uma criança interior, e tenho pena de quem não faz isso. Eu tenho uma confissão a fazer, eu adoro brinquedo hahaha eu entro numa loja de brinquedos e fico mais doida que criança, quero tudo!
Eu sinto falta das brincadeiras de antigamente, no dia que tiver meus filhos, com certeza vou ensiná-los a brincar do jeito que eu brincava, não vou privá-los dos brinquedos atuais é claro, mas seria um pecado não ensiná-los a brincar de:
Amarelinha
Pega-pega
Bolinha de gude
Queimada
Pula cela
Pular corda
Ai que saudade disso tudo. Ser criança é tudo de bom, criança se contenta com o simples, criança é espontânea, sincera, tem o riso fácil, é inocente. Mas criança pode ser malvada também. Eu tô lembrando de uma coisa aqui, quando eu era criança eu era muito tímida, muito mesmo, daquelas de se esconder atrás das pernas da mãe (eu fazia isso). Tinha vergonha de falar com meus tios, tinha vergonha até de pedir um copo d'água. Por conta disso todo mundo pode presumir que eu não era uma criança popular e que fazia amiguinhos facilmente. Eu lembro uma vez, que fui à uma festa com minha mãe e minha tia, não lembro que festa era aquela, só sei que o lugar era enorme, tinha uma piscina enorme, um parquinho, uma área enorme coberta onde estavam fazendo um churrasco, uma quadra e muitas árvores. Pra variar, eu tava lá na cola da minha mãe rs Eu via todas as crianças brincando juntas, se divertindo, e queria brincar junto, mas tinha vergonha de entrar na brincadeira e ninguém me chamava também. Quando todo mundo tava na piscina, o parquinho ficou vazio, então fui lá brincar sozinha. Tava eu lá brincando, quando do nada apareceu uma menina, toda alegre e cheia de vida, e falando comigo, querendo brincar comigo. Eu, é claro, fiquei super feliz de ter alguém pra brincar comigo. Ela falava engraçado mas eu podia entender, só que quando eu ia falar ela não entendia nada, tinha que repetir várias vezes e bem alto e devagar. Resolvemos dar uma parada na brincadeira pra comer um pouco. Quando encontramos os pais dela, eles ficaram super felizes de ver que eu estava brincando com ela, eu não entendi nada porque eu não estava fazendo nenhum favor, tava me divertindo muito. Voltamos ao parque e brincamos até a hora de ir embora. Quando era pra ir embora, ela começou a chorar, fazer um escândalo, segurava no meu braço, não queria ir de jeito nenhum. Eu também não queria deixar minha nova amiguinha, mas tínhamos que ir embora. Só mais tarde eu fui entender que ela tinha uma deficiência. Não sei qual, só lembro que ela usava óculos e a lente era bem grossa, e usava um aparelho auditivo. E só mais tarde entendi que fomos atraídas pela solidão uma da outra e pelo preconceito dos outros. Parece uma história triste, mas não, eu não sinto nenhuma tristeza, eu só me lembro da alegria daquele dia, me dá saudade e me faz perguntar como será que ela está, e onde está....
Feliz dia das crianças!
5 comentários:
Feliz diz das crianças, amore... Se divirta! Aqui tb não é dia das crianças mas a gente finge que sim rsrsrsrsr Beijos
Thayla!
Que post magnífico você fez! Talvez, sem perceber você disse tudo através desta estorinha de sua infância, com relação a sua amizade com a outra menininha deficiente. É que aí sim reside o que é ser criança, ou seja, não ver o defeito da outra, apenas considerá-la uma igual para as brincadeiras e os mesmos interesses. Ficou registrada em sua memória, assim como também deve ter ficado na dela e é este fio invisível e longínquo que as une até hoje, mesmo sem saberem quem são. Que coisa linda!
E adorei também as imagens e listagens das brincadeiras que se faziam na infância, tanto a sua quanto a minha. Precisamos resgatar isso para o futuro de nossas crianças.
um beijo grande e carioca
(Se quiser conhecer como eu fui quando criança, acesse o link abaixo:
http://pensandoemfamilia.com.br/blog/resiliencias/beth-a-crianca-que-eu-fui/)
Sinto muita saudade de minha infância.
Fui muito criança, brinquei muito. Corri na rua, quebrei os braços caindo de árvores, chpei manga, jabuticaba no pé.
Oooo tempinho bão que não volta mais.
Bjinhos.
Olá passei para conhecer o seu blog., pois vc esteve no meu na postagem da Beth na Série Eu fui criança.
Lindo o seu relato e nos demonstra como o olhar infantil é desprovido de preconceitos e como estabelecemos vínculos mais sinceros.
Na segunda tem um novo relato, Caca, se desejar compartilhar conosco, será bem vinda.
http://pensandoemfamilia.com.br/blog.
bjs
Oi!!vou deixar meu email,ja sofri com o cutting e keria conversar...
tsukinousagui_jp@hotmail.com
bjos
Lu.
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